“Indefinido.”

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A tua poesia não é ocasional,

ela afunda meus medos,

estando frente a frente,

eu não esqueço mais.

Apenas observo, enfim,

os pedaços espalhados

por todo o cômodo.

Por pura vaidade,

por apelos técnicos,

meus pensamentos abafados,

bem assim, intratável.

Diante do soro da verdade,

logo, a minha poesia ecoa,

funciona quase como telepatia,

preenchendo os espaços vazios.

A luz entra de forma indireta,

cortina entreaberta, corrente de ar,

sim, sempre há esperança,

além de rabiscos, para lá e pra cá.

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Maria Eduarda Caldeira

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