Fragmento.

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Muito às pressas,
após rasurar versos
em uma tarde monótona,
eu me desintegro.
De forma breve,
tento explicar aos céus,
que ao me distanciar do todo,
aproximo-me cada vez mais.
Eu sei muito bem,
das coisas lindas,
como aquelas chamas atrativas.
Eu sei muito bem,
das coisas frágeis,
que com um sopro se findam.
Repentinamente,
os labirintos são preenchidos,
com palavras e tudo o que há de bom.
É dezembro, enfim,
por isso, tantos fluxos de consciência.
A ausência é calada,
tira todo o meu sono.
No entanto, ainda posso sentir.

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Maria Eduarda Caldeira

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