“Um fluxo mental e poético.”

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É bem aqui que eu revelo,

a minha boca não se abre mais.

No entanto, eu me costuro,

entre tantas rasuras,

perco-me diante de toda a conjuntura,

ainda um pouco confusa.

Brevemente, há luz,

adentrando de forma suave,

similar a um gentil afago.

Logo, eu apenas observo,

ainda no apartamento,

seria bem ali,

o tal do fim do mundo?

Veja, já não é mais cedo,

mas ainda não é tão tarde.

Paciência, eu não consigo mais falar,

por isso, ao escrever,

compreendo que tudo é um sopro.

Além disso, no final do dia,

são as palavras que entopem

as gargantas de todos os poetas.

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Maria Eduarda Caldeira

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